Deus, acalma as guerras que me sobrevêm
Aplaca a dores que cravam em mim
como balas
Os
francoatiradores surgem de onde menos espero
Não há mais em quem confiar; meu
coração sangra de decepção
Angustias
ensurdecedoras zunem e explodem
Os ambientes de dentro e de fora
tornaram-se campos minados
Não tenho paz nem no silêncio. Não
consigo aquietar
Dói demais tudo que tem acontecido
comigo
Os bombardeios tem sido tantos e
sempre frequentes...
Momentos de pausa nada mais são do que iminências outra granada.
Então sinto meu chão tremer,
dissolver debaixo de mim
Sinto a dor como de mil
fragmentos pontiagudos me acertando de uma só vez
Estou exposto...entregue no
chão;
Ainda tenho forças?... ainda para me debater.
Dos estilhaços faço a minha arma
Junto os pedaços de qualquer coisa
boa na memória pra não enlouquecer
Minha cabeça gira, tento pensar mas
só há branco, um enorme branco
Tomo na mão um punhado de esperança de um chão cinza e carmesim
De terra e de sangue faço essa
mistura.
Meus dedos ficam cobertos com essa cor
estranha
E se o
que escrevo lhe causa estranheza, por favor, tenha um pouco de piedade;
Pois não me restou nada alem desse branco e essa tinta em minhas mãos.
Maciel 27/04/2015
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