segunda-feira, 27 de abril de 2015

DE ONDE VEEM AS GUERRAS? (Salmo 2)




















Deus, acalma as guerras que me sobrevêm 
Aplaca a dores que cravam em mim como balas 
Os francoatiradores surgem de onde menos espero
Não há mais em quem confiar; meu coração sangra de decepção
Angustias ensurdecedoras zunem e explodem
Os ambientes de dentro e de fora tornaram-se campos minados
Não tenho paz nem no silêncio. Não consigo aquietar
Dói demais tudo que tem acontecido comigo
Os bombardeios tem sido tantos e sempre frequentes...

Momentos de pausa nada mais são do que iminências outra granada.
Então sinto meu chão tremer, dissolver debaixo de mim
 Sinto a dor como de mil fragmentos pontiagudos me acertando de uma só vez
 Estou exposto...entregue no chão;

Ainda tenho forças?... ainda para me debater.
Dos estilhaços faço a minha arma
Junto os pedaços de qualquer coisa boa na memória pra não enlouquecer
Minha cabeça gira, tento pensar mas só há branco, um enorme branco

Tomo na mão um punhado de esperança de um chão cinza e carmesim
De terra e de sangue faço essa mistura.
Meus dedos ficam cobertos com essa cor estranha
E se o que escrevo lhe causa estranheza, por favor, tenha um pouco de piedade;
Pois não me restou nada alem desse branco e essa tinta em minhas mãos.




Maciel 27/04/2015

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