O lúdico sempre me fascinou
Desde histórias dos heróis da fé
Que ouvia na infância nas aulas da
Escola Bíblica
Até as descobertas épicas nas páginas
de C. S. Lewes,
Que me conduziram a vários mundos novos
Quando pequeno, eu desenhava os
personagens
das revistas em quadrinhos, recortava-os
e brincava com meus próprios heróis de
papel
Conto isso com toda a alegria do
coração
Pois minha infância foi realmente
cheia de fantasia e alegria.
Talvez o que tenha realmente me
faltado
fora alguém que me conduzisse ao mundo dos
adultos.
Alguém que fizesse junto comigo essa
translação.
Eu não achei o caminho das pedras,
Tive que caminhar e ir construindo e
construí indo a caminho.
E foi adulto que, olhando para mim,
não me vi.
Realizando uma auto auditoria não me
reconheci.
E não foram poucas as vezes que me vi
lutando contra mim mesmo.
Sim, pois, tornei-me tudo aquilo que
sempre detestei
Espantei-me ao questionar certas
coisas com Deus
Sendo eu aquele que já tinha terminado
as próprias construções
E Ele tinha que responder...
Tinha que me dizer que era necessário
desconstruir...
Que era necessário começar tudo de
novo...
Nascer de novo...
Mas como eu já sendo velho na fé
poderia aceitar o fato do novo
nascimento pra mim?
Logo pra mim, que já tinha uma imagem,
uma história, uma bagagem?
Contraditoriamente, minha bagagem (aquilo
que eu mais prezava)
Era justamente o que mais me pesava
Era uma carga muito grande pra eu
carregar.
Eu tinha que depositar mas não sabia
como.
Então ele me ensinou que histórias vão
e vem
Que alto imagens também não devem ser
idolatradas
Trocou o meu fardo pelo dele, que é
leve.
Mostrou que devia ser como uma criança
Porque ele é meu Pai e cuida de mim.
E essa leveza vou levar comigo para o resto
da vida.
Maciel 14/04/2015
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